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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

URBEX

Urbex, ou “exploração urbana”, é o hobby de visitar locais abandonados e ruínas, como fábricas, túneis, catacumbas, linhas de trem e metrô, teatros, cinemas e, até mesmo, cidades inteiras. Alguns praticantes desse tipo de exploração urbana resolveram unir a adrenalina de se aventurar por esses lugares à arte da fotografia. Para chegar a alguns desses lugares, os exploradores tem que, muitas vezes, desrespeitar algumas regras, exceto uma: “não tirar nada além de fotografias e não deixar nada além de pegadas”. Os resultados são imagens impressionantes que mostram que também pode haver beleza na desordem e na decadência; que é possível enxergar arte em cenários destruídos e, por vezes, triste. Interessante perceber como os lugares, ainda que em completa ruína, guardam indicações da sua antiga função. O que nos leva a imaginar como deveriam ser quando estavam em pleno uso. A exploração urbana não deixa de ser uma forma de flanerie moderna.

Qual terá sido o último filme exibido nesse cinema?

Será que saiu algum campeão olímpico dessa piscina?

Capela abandonada

East Side Public Libray, em Detroit



Chernobyl virou uma cidade fantasma após o acidente nuclear em 1986

Vista pela ótica da preservação do Patrimônio Cultural, porém, essa beleza volta a ser tristeza. Entre esses locais abandonados, que hoje são explorados pelos praticantes do Urbex, é muito fácil encontrar construções que, em tempos passados, deveriam fazer parte do patrimônio cultural da cidade ou do país em que estão localizados. O que, outrora, ajudava a preservar e transmitir a história de comunidades e indivíduos, hoje conta a história da decadência dos espaços e, algumas vezes, do descaso com o patrimônio público. Onde um dia houve vida hoje há apenas ruínas. Cada casa que se vai é uma memória que se apaga. 
Se você se interessou pelo assunto, recomendo uma visitinha ao site Urbex Brasil: http://www.urbex.com.br/

Um comentário:

  1. A respeito da última imagem. A cidade onde fica a usina de Chernobyl chama-se, na verdade, Pripyat. Os cientistas supõem que os elementos radioativos mais perigosos precisarão de 900 anos para atingir níveis que permitam ao ser humano voltar a habitar a zona.

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