Urbex, ou
“exploração urbana”, é o hobby de visitar locais abandonados e ruínas, como
fábricas, túneis, catacumbas, linhas de trem e metrô, teatros, cinemas e, até
mesmo, cidades inteiras. Alguns praticantes desse tipo de exploração urbana
resolveram unir a adrenalina de se aventurar por esses lugares à arte da
fotografia. Para chegar a alguns desses lugares, os exploradores tem que,
muitas vezes, desrespeitar algumas regras, exceto uma: “não tirar nada além de
fotografias e não deixar nada além de pegadas”. Os resultados são imagens
impressionantes que mostram que também pode haver beleza na desordem e na
decadência; que é possível enxergar arte em cenários destruídos e, por vezes,
triste. Interessante perceber como os lugares, ainda que em completa ruína, guardam
indicações da sua antiga função. O que nos leva a imaginar como deveriam ser
quando estavam em pleno uso. A exploração urbana não deixa de ser uma forma de
flanerie moderna.
Qual terá sido o último filme exibido nesse cinema?
Será que saiu algum campeão olímpico dessa piscina?
Capela abandonada
East Side Public Libray, em Detroit
Chernobyl virou uma cidade fantasma após o acidente nuclear em 1986
Vista pela ótica da preservação do Patrimônio Cultural, porém, essa beleza volta a ser tristeza. Entre esses
locais abandonados, que hoje são explorados pelos praticantes do Urbex, é muito
fácil encontrar construções que, em tempos passados, deveriam fazer parte do
patrimônio cultural da cidade ou do país em que estão localizados. O que,
outrora, ajudava a preservar e transmitir a história de comunidades e
indivíduos, hoje conta a história da decadência dos espaços e, algumas vezes,
do descaso com o patrimônio público. Onde um dia houve vida hoje há apenas
ruínas. Cada casa que se vai é uma memória que se apaga.
Se você se
interessou pelo assunto, recomendo uma visitinha ao site Urbex Brasil: http://www.urbex.com.br/
A respeito da última imagem. A cidade onde fica a usina de Chernobyl chama-se, na verdade, Pripyat. Os cientistas supõem que os elementos radioativos mais perigosos precisarão de 900 anos para atingir níveis que permitam ao ser humano voltar a habitar a zona.
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